El Estado y el Texto / O Estado e o Texto

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español -  Es el texto el enemigo del Estado. ¡No, por supuesto que no! El estado está en función del Texto, el Estado es para sostener el Texto, es por eso que en contrapartida para ayudar a la energía, el Texto debe ser leve, recordemos que estamos hablando de estructuras energéticas, espirituales y mentales, tejiendo sus tramados  en el aire. El Estado es la estructura, los puntos de apoyo, físicos, energéticos y respiratorios en armonía de una forma activa e intuitiva. Al Estado también se llega por la repetición. Para eso está la partitura, en la que el texto es nada más que una acción física, tal vez el mejor tratado sobre esto sea el capítulo  llamado Atletismo Afectivo de " El  Teatro y su Doble " de Antonin Artaud. português -  O Texto é o inimigo do Estado? Não, é obvio que não! O Estado está en función do Texto, o Estado é para sustentar o Texto, é por isso que em contrapartida, para ayudar a energia, o texto deve ser leve. Sempre lembremos que estamos fa

O Grande Drama da Dramaturgia

Deus não o escreveu numa pedra, Moises não o aplicou a seu povo, na Bíblia nem aparece, mas a nós foi revelado no meio de uma conversa de boteco: Não sejas complexo inutilmente!
por Natália Barud e Germán Milich

Segundo nosso velho amigo Tchékhov, “o homem é o que ele acredita”. Pensamos que também é o que escreve. Em cada rascunho, em cada palavra rabiscada, mostramos a sociedade em que vivemos o passado que nos rodeia e talvez esse velho mistério chamado espírito. Quem será que escreve a nossa história? E o melhor de tudo, a única pergunta que realmente não tem resposta (e que com certeza não a acharemos aqui): Por que a escreveria?
Todo dramaturgo cria os destinos de seus personagens, porque o grande sonho de todo homem é poder construir o seu próprio. O dramaturgo através do exemplo nos disse que pode ser, que é possível construir pelo menos parte de nosso futuro. O dramaturgo geralmente acredita em algo. Isso em que acredita é também o que tem a dizer.
Uns dos principais perigos de todo artista é o de se deixar seduzir pela forma. O conteúdo, ou seja, suas convicções, passam a um segundo plano, sem maldade ou talvez com um tipo de maldade tão sutil que não consegue perceber. O mundo de hoje é o mundo da forma, mais conhecida como “aparência”. Torna-se mais importante o espetáculo a encher os olhos do que as palavras a serem ditas.
Será que nesses tempos silenciosos e desconexos a dramaturgia tem algo importante a dizer? Sempre se corre o risco de que uma arte vire um meio de reprodução social, que reproduza nossas injustiças e misérias sem considerar novas óticas a respeito e sem mudar nada em definitivo. Também pode acontecer nestes tempos tão velozes que a dramaturgia seja mais entendida como “a arte de costurar cenas desconexas para aparentar uma lógica”. Será que o mundo se transformou nisso? Um espetáculo tão aterrador que já nem precisa de uma lógica?
O homem, para viver em sociedade, precisa de leis. Não para censurá-lo nem anulá-lo, simplesmente para lembrá-lo de sua pequenez e alertá-lo dos possíveis erros que sua humanidade o fará cometer.
Tomara que o campo da dramaturgia não vire uma terra sem lei, ou pior, que não comece a se reger pela lei da complexidade inútil e do exibicionismo. Observando todos os problemas vividos pela Dramaturgia Contemporânea, pensamos em algo que pudesse transformar o caos em ordem. Para isso convidamos a vários dramaturgos para formular a sua Lei da Dramaturgia.

No próximo número, espaço aberto para a atriz e dramaturga Grace Passô!
Obs:. Este espaço está aberto para a discussão sobre temas relativos à criação dramatúrgica contemporânea (ou não!), em forma de artigos, entrevistas e congêneres. Trata-se de um espaço democrático e livre para a expressão de opiniões de qualquer ordem. Nós, d’A Imensa Minoria, lembramos que não nos responsabilizamos sobre o que será escrito, mas que queremos ver mesmo é o pau cantar!
Obrigado.
O Samurai

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