El Estado y el Texto / O Estado e o Texto

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español -  Es el texto el enemigo del Estado. ¡No, por supuesto que no! El estado está en función del Texto, el Estado es para sostener el Texto, es por eso que en contrapartida para ayudar a la energía, el Texto debe ser leve, recordemos que estamos hablando de estructuras energéticas, espirituales y mentales, tejiendo sus tramados  en el aire. El Estado es la estructura, los puntos de apoyo, físicos, energéticos y respiratorios en armonía de una forma activa e intuitiva. Al Estado también se llega por la repetición. Para eso está la partitura, en la que el texto es nada más que una acción física, tal vez el mejor tratado sobre esto sea el capítulo  llamado Atletismo Afectivo de " El  Teatro y su Doble " de Antonin Artaud. português -  O Texto é o inimigo do Estado? Não, é obvio que não! O Estado está en función do Texto, o Estado é para sustentar o Texto, é por isso que em contrapartida, para ayudar a energia, o texto deve ser leve. Sempre lembremos que estamos fa

SOBRE A CRIAÇÃO?

Por Débora Vieira - atriz e improvisadora da LPI-BH

Bem, quando deus me criou, primeiro ele fez um cérebro. Instantes depois fez uma bunda. Aí ele se esqueceu de mim; o cérebro e a bunda foram crescendo, crescendo e não demorou muito para que desenvolvessem uma autonomia sobre o que ainda estava por vir: a predisposição para conhecer, para amar e para a eterna necessidade de perdoar. Assim veio o coração. Por fim, vieram os intestinos, que talvez por isso sejam os que menos funcionem em todo o corpo, justamente por estarem sempre correndo atrás do prejuízo... jogo demorado pros meus intestinos quase todos os dias (semanas, a bem da verdade). Hoje sou assim: um cérebro eficiente, quase precoce, uma bunda que redunda e um intestino inconstante: péssima genealogia para alguém que quer fazer da improvisação uma profissão. Por quê? Porque na improvisação as coisas funcionam melhor quando funcionam juntas: quando não há uma distância temporal significativa entre o pensar e o agir. Não se trata de “penso, logo entro em ação”. Porque esse “logo” é um tempão demorado demais, por ser suficiente para o cérebro – que, de tão esperto, às vezes quer ser dono de tudo - tolher o que poderia ser considerado espontâneo, justo, verdadeiro, íntimo. Ele censura, talvez porque julgue tudo uma merda. Merda não é aquilo que vem de dentro? Então é por isso que sempre me cago toda diante de um palco sem marcações: sei que estarei eu, meu cérebro, meu coração e meus intestinos em constante conflito – e exposição.Cabe-me, diariamente, a busca pela aceitação desses anacronismos divinos. Saltando de galho em galho, num espaço de três minutos posso alcançar as estrelas, para implorar a deus que corrija esse defeito de fábrica. E nos trinta segundos finais ele vai me fazer perceber os efeitos disso tudo. Defeco, por fim.

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