El Estado y el Texto / O Estado e o Texto

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español -  Es el texto el enemigo del Estado. ¡No, por supuesto que no! El estado está en función del Texto, el Estado es para sostener el Texto, es por eso que en contrapartida para ayudar a la energía, el Texto debe ser leve, recordemos que estamos hablando de estructuras energéticas, espirituales y mentales, tejiendo sus tramados  en el aire. El Estado es la estructura, los puntos de apoyo, físicos, energéticos y respiratorios en armonía de una forma activa e intuitiva. Al Estado también se llega por la repetición. Para eso está la partitura, en la que el texto es nada más que una acción física, tal vez el mejor tratado sobre esto sea el capítulo  llamado Atletismo Afectivo de " El  Teatro y su Doble " de Antonin Artaud. português -  O Texto é o inimigo do Estado? Não, é obvio que não! O Estado está en función do Texto, o Estado é para sustentar o Texto, é por isso que em contrapartida, para ayudar a energia, o texto deve ser leve. Sempre lembremos que estamos fa

SOBRE BOBOS, HUMORISTAS E FILÓSOFOS

Por Romero Freitas (Profº. de Filosofia da UFOP)

Há uma imensa minoria de humoristas filósofos no mundo. Mas eles não são vistos como filósofos. Eles aparecem no lugar errado: estão no palco e não entre os livros. Desde a Grécia existem também os filósofos humoristas, outra imensa minoria, feita de alguns célebres desconhecidos. Esses humoristas também aparecem no lugar errado: estão nos livros de filosofia, lugar usualmente inadequado para se contar piadas. Por isso, o aluno de filosofia se assusta ao encontrar um piadista como Diógenes, o Cão , na companhia de um sujeito sério como Aristóteles. Mas o admirador de Millôr Fernandes talvez se espantasse ao ver o seu herói cômico incluído no grupo dos filósofos, esses homens supostamente sérios, melancólicos e contemplativos.─ Mas os filósofos não são realmente homens sérios, melancólicos e contemplativos?─ Na verdade, são. E é por isso que alguns deles fazem piada. Eu coloquei aquele “supostamente” para tentar tornar o meu trabalho mais fácil, mas devo admitir que eles têm uma queda pela melancolia, um instinto para a contemplação e mesmo um inconfessado desejo pela seriedade. É preciso ser sério quando alguns dos seus principais temas de trabalho são, por exemplo, palavras como “virtude”, “verdade” e “morte”. É possível fazer piada com a morte, mas ela no final leva vantagem: já interrompeu mais de um piadista no meio da narrativa. Um humorista filósofo americano, que escolheu o cinema como forma de expressão, tem a melhor piada sobre o assunto: “Eu não tenho medo de morrer. Eu apenas não quero estar lá quando isso acontecer”. 1 x 0 pra ele. Mas podemos imaginar uma versão assim: “Eu não tenho medo de morr... Argh!”. Ouve-se um baque surdo. 2 x 1 pra ela.─ Mas então, se você faz uma aproximação entre filósofos humoristas e humoristas filósofos, entre os que riem do trágico e os que pressentem o trágico no cômico, então essas duas trupes, esses dois ramos da imensa minoria são igualmente sérios, melancólicos e contemplativos? É isso? ─ Exatamente.─ E quem são os que não são assim? ─ Ah, isso é fácil. São os bobos.─ Os bobos da corte?─ Não! Esses são seriíssimos. Tal como os mímicos, os clowns, as marionetes... existe algo mais triste do que uma marionete caída num canto, com os cordões caindo pelos flancos?─ Mas quem são os bobos, então?─ Bem... Se você precisa perguntar, acho melhor reler o texto. Ou melhor ainda: vá até uma locadora e pegue um filme do Chaplin. Os bobos são tudo que o filme não é.

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