El Estado y el Texto / O Estado e o Texto

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español -  Es el texto el enemigo del Estado. ¡No, por supuesto que no! El estado está en función del Texto, el Estado es para sostener el Texto, es por eso que en contrapartida para ayudar a la energía, el Texto debe ser leve, recordemos que estamos hablando de estructuras energéticas, espirituales y mentales, tejiendo sus tramados  en el aire. El Estado es la estructura, los puntos de apoyo, físicos, energéticos y respiratorios en armonía de una forma activa e intuitiva. Al Estado también se llega por la repetición. Para eso está la partitura, en la que el texto es nada más que una acción física, tal vez el mejor tratado sobre esto sea el capítulo  llamado Atletismo Afectivo de " El  Teatro y su Doble " de Antonin Artaud. português -  O Texto é o inimigo do Estado? Não, é obvio que não! O Estado está en función do Texto, o Estado é para sustentar o Texto, é por isso que em contrapartida, para ayudar a energia, o texto deve ser leve. Sempre lembremos que estamos fa

A INFÂNCIA E O TEATRO INFANTIL parte II

por André Ferraz


2. Aspectos sobre o gênero “Teatro Infantil”

Existem certos aspectos que são comuns em quase todos os espetáculos infantis, a saber: duração aproximadamente de 40 a 50 minutos; linguagem corporal ágil e estilizada, com jogos de cena geralmente lúdicos; textos falados relativamente curtos em relação ao texto cênico total da peça; humor sempre presente, mesmo em temas dramáticos; músicas pontuando grande parte das cenas; figurinos e cenografia estilizados e coloridos; e em caso de palco à italiana, iluminação bastante colorida (poucos jogos de claro e escuro, com raras exceções). Ou seja, existem características específicas na produção do teatro infantil contemporâneo que o senso comum reconhece como sendo próprios de uma linguagem adequada para as crianças. O que, obviamente, não significa dizer que espetáculos que não se enquadrem nessas características não agradem a determinadas faixas etárias. Além disso, os aspectos que concernem à atuação cênica é, em muitos casos, movidas por paradigmas de caricaturas e estilizações de um universo pseudo-infantil que nem sempre tem a ver com o universo diegético acionado pela peça.O teatro infantil não é igual ao teatro adulto, pois ele tem especificidades de execução, mas ele tem que ser realizado com igual competência, isso sim. O curioso é perceber que, mesmo seguindo - ou não - uma certa lógica constante a respeito desses aspectos anteriormente citados, isso não garante o sucesso (nem mesmo o fracasso) de uma peça infantil. Segundo Paulo Freire, famoso pedagogo brasileiro, o educador tem que travar um diálogo com seu aluno e que isso seja através do coração (afeto), ao invés de “depositar” conhecimentos estéreis em suas cabeças “neutras”, até porque não existem cabeças neutras - nem tampouco crianças neutras. Talvez esteja aí o mais poderoso “aspecto” do teatro infantil: a relação dialógica entre ator e público pautada no afeto. Todos os jogos lúdicos, cores, musicalidade, humor e sagacidade do texto falado e cênico só funcionam se o ator souber utilizar isso em prol de um diálogo orgânico e verdadeiro com seu público. Para tanto, certas especificidades de recepção das crianças têm de ser levadas em questão, como, por exemplo, a relação com estruturas concretas de linguagem e as diferenças de ordem culturais, sociais, econômicas e relacionais. Não que os atores têm que fazer um espetáculo diferente para cada criança, mas, quando o diálogo realmente existe, a relação ator/adulto e espectador/criança necessita de cuidados específicos e os atores têm que saber lidar com isso.

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