El Estado y el Texto / O Estado e o Texto

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español -  Es el texto el enemigo del Estado. ¡No, por supuesto que no! El estado está en función del Texto, el Estado es para sostener el Texto, es por eso que en contrapartida para ayudar a la energía, el Texto debe ser leve, recordemos que estamos hablando de estructuras energéticas, espirituales y mentales, tejiendo sus tramados  en el aire. El Estado es la estructura, los puntos de apoyo, físicos, energéticos y respiratorios en armonía de una forma activa e intuitiva. Al Estado también se llega por la repetición. Para eso está la partitura, en la que el texto es nada más que una acción física, tal vez el mejor tratado sobre esto sea el capítulo  llamado Atletismo Afectivo de " El  Teatro y su Doble " de Antonin Artaud. português -  O Texto é o inimigo do Estado? Não, é obvio que não! O Estado está en función do Texto, o Estado é para sustentar o Texto, é por isso que em contrapartida, para ayudar a energia, o texto deve ser leve. Sempre lembremos que estamos fa

A CRIANÇA QUE FOI A MENOS

por Alejandro Dolina



A professora Claudia perguntou a Ferro:– Ferro, quem fundou a cidade de Assunção do Paraguai?Ferro o ignora e o confessa, a Professora tenta por outros rumos.– Tissot.– Não sei professora – lamenta-se Tissot.– Rossi, pode responder? - pergunta a professora.Silêncio. O ambiente fica pesado porque todos sabemos que isso foi ensinado pela professora Claudia no dia anterior.– Fagúndez.Nada. A professora Claudia olha para a turma sem esconder a sua decepção.Frezza, o “tano” Frezza, sabe, de algum modo misterioso, a resposta. É estranho o caminho que seguem as noções: acostumam ficar onde a gente menos pensa, e por algum mistério do destino, Frezza sabe com exatidão a data da fundação e o nome do fundador.A voz da professora Claudia continuava.– Nuñez. Lopez. Dall'Asta.Ninguém sabe a resposta. Frezza espera, folgado, sabe que levantar a mão para responder é coisa de puxa sacos.A professora Claudia tenta com as meninas e pronuncia o nome que Frezza ama. Frezza está muito longe para passar a resposta e o seu primeiro amor não sabe responder.De pronto, a professora Claudia olha para ele.– Frezza.E Frezza, que talvez precise ganhar alguns pontos com a Professora Claudia, levanta de sua cadeira tranqüilo, olha para o seu primeiro amor e diz, quase em tom triunfal:–- Não sei.Frezza desconfia que, se ninguém sabe, por algum motivo será. Frezza senta e ouve detrás dele, como uma horrível blasfêmia, a voz de Campos, o queridinho da Professora Claudia:– Juan de Salazar!Passaram se os anos. A menina nunca soube do amor de Frezza nem de seu gesto elegante e generoso.Se alguém coloca nota para estas lições num Caderno Celestial, Frezza tirou um 9. E se nem sequer esse Caderno Celestial existe, então terá tirado um 10.

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